Por Aline Barbosa
O homem, em um determinado momento descobriu maneiras de criar objetos para satisfazer suas necessidades práticas. Suas primeiras ferramentas foram as mãos e a expressão, isto é, uma linguagem e todos os expedientes por meio dos quais um se comunica com outro. Assim, houve uma relação com a realidade, e o mundo exterior.
O termo arte surgiu para estender a comunicação entre grupos. É uma criação com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia e revolta), que sintetizam as suas emoções, história, sentimentos e cultura. Para compreender uma obra de arte do nosso tempo e também de épocas passadas, é necessário considerar sua natureza e os princípios pelos quais foi estruturada.
Para a professora de história da arte Audryn Melo Taliateli, 35, foi na Pré-História, que o homem obrigado a viver em cavernas, “aprendeu a utilizar pedaços de pedra, madeira e osso para confeccionar os primeiros instrumentos a fim de agir no meio ambiente e contar sua história”, explica.
Na Idade Média, com o triunfo do cristianismo, uma nova mentalidade estava se consumando. As igrejas começaram a receber maior atenção na Arte Bizantina e Gótica, demonstrando verticalidade e alongamento exagerado das formas.
O Renascimento com o seu humanismo e valorização da natureza, veio em oposição ao divino e o sobrenatural. “Simplicidade na construção, a escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas”, observa a professora.
Para romper com o equilíbrio entre o sentimento e a razão renascentista, aparece o Barroco, cheio de efeitos visuais. Através de seu desdobramento nasce o Rococó. Com seu exagero de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas, laços e flores.
Já no século XIX uma nova tendência estética predominou nas criações dos artistas europeus. Trata-se do Neoclassicismo, com o academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos modelos e às regras ensinadas nas escolas ou academias de belas-artes.
No Romantismo os artistas procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade. Já o Impressionismo revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século passado.
Com uma pintura dramática, subjetiva, que expressa o sentimento humano, vem o Expressionismo. “É a arte do instinto, deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento. Diferente do Cubismo, que tenta representar os objetos em três dimensões, percebendo todos os planos e volumes”, diz Audryn.
Representando os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa influência na vida cotidiana na segunda metade do século XX, surge a Pop Art. “Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, quadrinhos e ilustrações famosas”, conclui a professora.
Todas as manifestações artísticas aparecem como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças, estimular e distrair a si mesmo e aos outros.