Por Aline Barbosa
Há dias em São Paulo, que tudo está cheio.
Dias em que cansam só de pensar!
O ônibus é um forno, o metrô uma lata de sardinha e as ruas um formigueiro.
De noite, tudo muda! O calor se vai e no lugar aparece a brisa em contraste com as luzes!
Junta-se tudo! Cabelos coloridos com gostos antigos.
Os carros desgovernados misturam-se com as motos desenfreadas, tudo em questão de segundos. Imagens que vão e voltam e ilustram memórias da arquitetura desbotada e clássica da cidade poluída pelo Tietê.
O belo em contraste com o feio...moderno e mórbido.
Ahhhhh... São Paulo das noites agitadas, da pizza, dos teatros e da incessante tentativa de escapar da monotonia da manhã cansativa.
São varandas e jarros, cisne e anjos a dançarem nos mosaicos entre cátedras.
E nesta São Paulo que se agita desconhecida em afazeres, labuta de sentimentos, de desejos, num dia a dia que nunca se refaz, sempre recomeça.
São Paulo de suas maravilhas...
Do Museu do Ipiranga á Pinacoteca, a arte em mosaicos mostrando uma história pouco conhecida.
Paulista brilhante de arranha-céus, das pessoas sérias e bem comportadas sobre seus ternos e saltos. A economia que é conhecida pelas torres da avenida e pelos jornais.
O Centro dos catadores de papeis e seus cachorros, eternos acompanhantes...
Da 25 de Março, da São Bento e Sé...
A verdade é que, pensando nisso, não me ocorrem muitas paisagens urbanas mais belas que aquelas que eu descubro a cada passeio pela cidade.
Se não fosse tudo isso, não seria São Paulo...
Aprender sobre este cansaço de eternamente recomeçar é viver nessa cidade.
E como diz a canção... “Alguma coisa acontece no meu coração quando cruzo a Ipiranga com a Avenida São João...”